Laura MacDonalds do GirleBooks escreveu uma crítica abordando alguns aspectos interessantes de Pride and Prejudice. Dentre eles, os flertes de Elizabeth, que até então eu nunca havia visto ninguém comentar e que particularmente adoro. E o ponto mais interessante, na minha opinião, sobre as adaptações. Apesar de algumas delas serem bastante fiéis aos livros, nunca representam totalmente toda a multiplicidade do enredo e personagens tão bem construidos por Jane Austen. Laura comenta:

My overall impression after this time around is that I need to stop watching movie adaptations so much and read the actual books more.

Minha impressão geral desta vez é que eu preciso parar de assistir tantos filmes (adaptações) e efetivamente ler mais os livros.

Também confessei meus pecadilhos por lá, mencionando minha versão de Mr. Darcy, quase um filhote de Frankstein! Há muito mais do que comento e para quem lê em inglês o texto integral está aqui.

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16 comentários

  1. Oi Raquel, eu adoro seu blog. Desde que comecei a ler Jane Austen e a ver os filmes, fui ficando cada vez mais apaixonada por sua vida e obra. Agora, procuro ver tudo o que há sobre ela (filmes, resenhas, comentários) para não perder nenhum detalhe. Achei seu blog bastante inteligente e necessário para pessoas como eu que amam Jane. Muito bonitos e diferentes também seus trabalhos artesanais
    E não querendo abusar e já abusando, fica uma sugestão. Eu sei que manter um blog dá trabalho e sei da dedicação que é necessária, no entanto, como o nome de seu blog já diz “Jane Austen em português”, ficaria difícil,colocar mais textos traduzidos, como por exemplo as matérias da Laura MacDonalds ?? Isso tudo para nós que não temos tanta fluência no idioma inglês, ou quase nada, seria uma benção. É um apelo. Amo seu blog. Cumprimentos austinianos, rs.
    Regina Knight-Austen

    1. Regina,

      que bom saber que você aprecia tanto Jane Austen e também meus pequenos trabalhos. Muito obrigada!
      Sobre as traduções há algumas dificuldades além do tempo, que é o principal motivo, por não escrever tudo que eu gostaria. Você não faz idéia da quantidade de textos que tenho quase prontos, mas falta tempo para confirmar dados e fazer uma redação final para ficar compreensível. Nem todos os autores permitem tradução de seus textos, mesmo estando na web, e por esse motivo faço apenas citações e raramente peço para traduzir um texto inteiro pois não posso remunerá-los como seria justo.
      um abraço

  2. Raquel eu tenho uma dúvida talvez você possa me responder, na familia Bennet não haviam herdeiros e tudo passaria ao Mr.Collins, já em Emma o Mr. Woodhouse tem apenas duas filhas e Emma ao que me pareceu herdaria o espolio normalmente mesmo sendo mulher. Isso é certo?
    “Never mind, Harriet, I shall not be a poor old maid; and it is poverty only which makes celibacy contemptible to a generous public! A single woman, with a very narrow income, must be a ridiculous, disagreeable old maid! the proper sport of boys and girls, but a single woman, of good fortune, is always respectable, and may be as sensible and pleasant as any body else”

    Li o texto da Laura e concordo que eu também preciso parar de ver as adaptações e ler mais os livros, pq certas adaptações eu já vi tantas vezes que algumas coisas que foram acrescentadas no filme eu penso que estão nos livros.

    Raquel quando eu li seu comentário eu confundi Col.Fitzwilliam com Col.Brandon lol eu realmente tenho que reler os livros…

    Ah que prateleira adorável, quero uma assim também quando eu crescer hehe

    PS.: desculpe o comentário imenso

    1. Nique,
      sobre as adaptações é assim mesmo. Não tem como não fazer alguma confusão, principalmente com as boas adaptações.
      No questão das irmãs Bennet, o senhor Bennet tinha uma cláusula no seu testamento que somente podiam herdar a propriedade filhos homens e como só haviam cinco garotas ficavam para um parente mais próximo, no caso, o nosso querido Mr. Collins! Era o que chamava de “entailment”. Já Emma e a irmã, ao que tudo indica não tinham esse impedimento. Essa minha explicação está bem sucinta pois ainda não li o suficiente para escrever algo mais fundamentado, mas já está anotado para um post futuro.

  3. Oi Raquel, obrigada pelos comentarios sobre minha critica!

    Respondendo a Regina–eu tambem tenho interes em achar textos de Jane Austen em portugues. O que fica dificil eh achar um texto no dominio publico que podemos distribuir gratuitamente…

    Respondendo a Nique–voce esta correta, as situacoes das familas Bennet e Woodhouse sao diferentes. As leis que produziu a situacao da familia Bennet–em que as filhas da familia nao tem heranca–se chamava “entailed estate” e nao existem mais. Tem um artigo no Wikipedia sobre isso (em ingles):
    http://en.wikipedia.org/wiki/Fee_tail

    1. Laura
      é um prazer !
      Começamos a traduzir textos muito tardiamente no Brasil. E até onde pude apurar, Jane Austen não estavam entre as primeiras traduções e ainda não temos nada da autora no domínio público. As leis de domínio público no Brasil são, na minha opinião, um exagero de tempo – setenta anos após a morte dos autores e/ou tradutores.
      Obrigada pelo link do fee tail

  4. Seria interessante criar um Wiki onde voluntarios poderiam traducir o texto–cada pessoa tem um capitulo ou mesmo um parafo. Outros voluntarios poderiam corretar e melhorar as traducoes. E assim criar o livro completo, no dominio publico, que poderiamos distribuir gratuitamente. Possivel?

    1. Laura
      é uma idéia para se pensar. Só temo por apropriação desses textos por editoras, daqui do Brasil, que plagiam descaradamente traduções de Portugal ou fazem pequenas modificações em traduções mais antigas e publicam como se fossem suas. Algo deveras vergonhoso e que está sendo investigado até por inquérito policial.
      Se você quiser saber um pouquinho sobre esse assunto:
      A palavra é… A palavra deveria ser…
      Plágio de traduções de Jane Austen
      Um pouco de justiça

  5. Acho que esse período de 70 anos é seguido por vários países do mundo, além do Brasil – inclusive na Europa. E há países em que esse período pode ser negociado e se ampliar ainda mais.

    E sobre a questão de se ler mais livros e ver menos filmes, concordo inteiramente. De preferência, ler o livro antes de ver o filme, para não ficar com o olhar “viciado” na construção de determinados personagens.

    1. Elaine,
      setenta anos e mais um pouco? Socorro!

      Atualmente, na maioria das vezes, ocorre o contrário – as pessoas vêem o filme e aí descobrem o livro.

  6. Quanto à (boa) ideia da Laura, e à resposta de Raquel, fico só pensando em como o brasileiro – em geral – passa por cima de qualquer ética para descolar uns caraminguás.

    E nisso me refiro não só a editoras plagiadoras, mas às pessoas de modo geral. Não sei se daria certo no Brasil-il-il!!!

    1. Leticia,

      não sei se você tem percorrido textos e comentários sobre plágios, não só os de Jane Austen mas de outros autores, pela web. Na maioria das vezes são de chorar de vergonha. Em vez de se indignar por estarem sendo enganados, não! se conformam, isso quando não defendem.

      A melhor frase que li sobre o assunto foi: “Plágio não tem defesa, tem cúmplice.” (original aqui)

  7. OI Raquel!
    Eu tive a felicidade de ler Jane Austen antes de ver as adaptações. Com isso consigo separar os dois. Engraçado que ninguém me “apresentou” a Jane. Li uma reportagem da veja de Isabela Boscov sobre P&P de 2005. Tive curiosidade e procurei o livro.
    Ufa! Me dei bem. Assistir ao filme antes teria estragado minha leitura.

  8. Isso é o triunfo da ignorância, Raquel: é a falta da ética, do sentido de cumprimento da lei e de valores maiores que vençam, por exemplo, a vontadinha de ganhar uns trocados.

    1. Leticia
      e para completar a nossa vergonha, ou vergonha alheia, como dizemos atualmente.

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