Sempre li de tudo. Da mais rematada bobagem aos assuntos pedregosos, desde que me interessem. Mas depois que iniciei o Jane Austen em Português minhas leituras, aos poucos, foram se resumindo quase que unicamente aos livros e textos de/e sobre Jane Austen. Quando me dei conta praticamente não estava lendo quase nada além da Jane. Foi quando entrei para o primeiro Clube de Leitura Penguin-Cia das Letras com o firme propósito de não ler Jane Austen!
Mas é claro que em seguida a editora lançou Orgulho e preconceito e descobri que é impossível não falarmos de Jane! E Razão e sentimento — parece que será este o título para a tradução de Sense and Sensibility — já está a caminho com a tradução de Alexandre Barbosa de Souza, que também traduziu Orgulho.
Voltando ao Clube. Não li todos os livros escolhidos pois nem sempre consegui comparecer aos encontros mas dos que li vou destacar três.
Quando li Pelos olhos de Maise achei a personagem principal uma pestinha e depois do nosso encontro, ouvindo as mais diversas opiniões eu não conseguia parar de pensar na menina. Detalhe: gostei muito da tradução do título. Como se costuma dizer, caiu como uma luva. De fina renda!
De Henry James lemos também A outra volta parafusoque eu já havia lido em inglês e como acontece amiúde havia perdido muita coisa. Considero essa história assustadora e contada de tal forma que ao final cada um de nós tinha uma opinião do que e como alguns fatos teriam acontecido na história. Detalhe: a linda capa com a imagem de uma das versões de Two Human Beings/ The Lonely Ones de Edvard Munch.
Imagino que muitos de vocês já viram o filme com Keira Knigtlhey (Elizabeth Bennet, 2005) e Carey Mulligan (Kitty Bennet, 2005 e Isabella Thorpe, 2007) e portanto já conhecem a história do livro Não me abandone jamais de Kazuo Ishiguro. Não vi o filme mas o livro posso afirmar que é uma delicadeza só. É intrigante, melancólico e delicado. Passei toda leitura dizendo para os personagens: reajam. Por favor, reajam! Detalhe: Ishiguro é autor de Remains of The Day, Vestígios do Dia como foi intitulado no Brasil o filme com Anthony Hopkins e Emma Thompson (Elinor Dashwood, 1995). E que acabo de descobrir que o livro foi traduzido por José Rubens Siqueira para Cia. também, só que com o título diferente: Os resíduos do dia.
E assim, como vocês podem perceber, cá estou eu com um post enorme pois quando começamos a falar de livros não paramos mais.
E assim acontece no Clube. É uma maravilha!
- Pelos olhos de Maise (What Maise Knew) de Henry James, tradução de Paulo Henriques Britto
- A outra volta do parafuso (Turn of The Screw), Henry James, tradução de Paulo Hernriques Britto
- Não me abandone jamais (Never Let Me Go) de Kazuo Ishiguro, tradução de Beth Vieira
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Não sabia desse Clube de Leitura! E o melhor é que tem um aqui perto do trabalho… Estou pensando em participar.
Elaine,
é muito bom! No final do encontro estamos todos achando que uma hora é pouco demais…
Raquel, também estou no clube deles aqui no Rio, é muito legal. O nosso livro de fevereiro foi um autor que eu não conhecia: Amós Oz, gostei muito. Agora, para REFRESCAR, vamos ler Scott Fitzgerald, AMO!
Marcia,
qual vocês vão ler do Fitzgerald? Eu gosto do Grande Gatsby.
Terei que admitit também, que ano passado uma boa parte
da minha leitura foi dedicado a jane Austen rs.
Adoro os livros da penguin-Companhia, já li “A Outra volta do parafuso”, ele me deixou bastante tensa, mas achei o final diferente e com várias interpretações rs.
Fernanda,
você gostou de A outra volta do parafuso?
Hum gente… será que isso é um “mal” que acomete as recém-apaixonadas por Jane Austen?! Rsrsrs! Eu ainda não consegui parar de ler só livros dela, mal estou na metade de um, já penso qual será o próximo! Por causa disso deixei dois livros que eu estava lendo de lado. Acho que vou dar um tempo em Jane, só p/não ler tudo de uma vez só.
Marina,
é provável!
Ano passado foi proveitoso para mim em questão de leituras. Li 12 livros. Entre os autores, havia Lewis Carroll, Edgar Allan Poe, Louisa May Alcott e é claro, Jane Austen (Persuasão). Também abandonei alguns, como O Morro dos Ventos Uivantes e A Confissão de Lúcio. Este ano lerei o único livro completo de Jane que ainda falta: Mansfield Park.
Raquel, fiquei especialmente interessado em A Outra volta do parafuso e Pelos olhos de Maisie. Acabaram de entrar na minha lista para este ano. Li sobre o enredo de Não me abandone jamais e achei que não faz muito o “meu gênero”, mas apesar disso fiquei curioso.
Júnior,
o que posso te dizer do Não me abandone jamais… talvez o gênero não seja teu estilo mas a forma como foi escrito creio que gostarias. Tente numa bilioteca, leia algumas linhas, quem sabe!
Quanto mais a gente lê jane Austen mais dá vontade de ler outros autores e quanto mais a gente lê outros autores mais dá vontade de ler Jane Austen e…
Luiz Henrique,
a vontade de ler e compulsiva!
raquel, eu gostei do livro sim, mesmo ele
sendo um suspense bem diferente. E você?
Fernanda,
eu gostei muito e mais achei um livro ótimo para discussões pois nos damos conta de detalhes que não havíamos percebido em nossa leitura.
Leio muitos livros, mas entre um e outro quase sempre leio um Jane Austen.
Terminei de ler Razão e Sentimento, q eu ganhei aqui no blog, e vou começar a ler O Menino do Pijama Listrado. Tenho vontade de participar de um clube de leitura, mais não conheço nenhum aqui em BH.
Aline,
escreva para a Cia das Letras e veja se eles não estão por montar um clube de leitura em Belo Horizonte. Já tem em várias capitais.
Comigo aconteceu o contrário, mal tenho lido Jane Austen. Só agora, recentemente, é que reli Orgulho e Preconceito, e só porque comprei a tradução da Celina Portocarrero pra L&PM.
E o “Grande Gatsby” é bom demais. Já “Suave é a noite” não me prendeu, tanto que abandonei a leitura no meio.
P.S.: Engraçado vocês citarem “A outra volta do parafuso”, porque comentei hoje no blog da Denise Bottmann a respeito desse livro. Por causa das duas traduções que fazem do título – A volta do parafuso e A outra volta do parafuso – eu achava que eram dois livros, um continuação do outro…
Elaine,
que eu me lembre só li o Grande Gatsby. Você viu o filme com Redford e Sam Waterson?
Raquel! Li esses dos livros do Henry James ano passado!!! Adorei os dois! A outra volta do parafuso é realmente impressionante! Me conta lá no face o que você achou que aconteceu realmente? Fiquei curiosa de saber a sua opinião!
Mell,
lá no face onde? Tem algum tópico?
Te conto aqui. Para mim a tal governanta era doida e boa parte, senão quase tudo era a imaginação dela. E claro que as crianças também eram umas pestinhas. Minha dúvida final é se o menino morreu de causas desconhecidas ou se ela o matou.
Não vi o filme, mas no outro dia cheguei a pegá-lo na Saraiva… Fiquei tentada a comprar.
Elaine,
se não estou enganada terá uma nova versão com Di Caprio.
Para não acabar com a diversão muito rápido, vou retomar a leitura de “O Fantásma da Ópera” .
*mas com vontade de Jane Austen…aaafff! 🙂
Marina,
boa leitura com o fantasma!
Concordo com você! Mas eu acho que ela matou ele!! Li o livro em dois dias, muito muito bom né?
Bem que eu tentei, consegui dar uma adiantada no “Fantásma da Ópera”, mas… para a felicidade do “meu vício”, ontem fui à uma loja de departamentos e dei de cara com “A Abadia de Northanger”, e não resisti. “O Fantásma” voltou para o seu cantinho rsrsrsrs! 🙂
Marina,
volte já para o fantasma!
Tô tentando Raquel, tô tentando. Resolvi ler os dois ao mesmo tempo, em horários diferentes, até que tá dando certo rsrsrs! Iiiih p/”piorar mais” achei “Morte vem à Pemberley” de P.D. James, mas este ficará no aguardo porque preciso de concentração p/ler em inglês. 🙂
Marina,
dois livros? eu também! Quero dizer dois Janes e um Trollope…
É Raquel, acho que eu também vou p/três livros: Jane Austen, Gaston Leroux e P.D. James! “Morte vem a Pemberley é muito legal, gente rsrsrs!:)