O que têm em comum Jane Austen, Ray Bradbury e François Truffaut? Um livro: Fahrenheit 451. Quem me lembrou do filme foi Angélica. Eu não lembrava de Jane ter sido mencionada no livro e do filme havia esquecido dos detalhes.

Bradbury realmente não menciona Jane Austen em Fahrenheit 451, seu livro sobre um futuro sombrio onde os programas de TV são o centro da vida das pessoas e livros são considerados perigosos e precisam ser queimados. Quando François Truffaut adaptou o livro para o cinema colocou dois “homens-livros” representando Orgulho e preconceito.

O pequeno diálogo passa no final do filme quando os irmãos (gêmeos) se apresentam:

Primeiro irmão Eu sou Orgulho e preconceito de Jane Austen.

Segundo Irmão Eu sou Orgulho e preconceito de Jane Austen.

Montag Ambos são o mesmo livro?

Primeiro irmão Meu irmão é o volume um.

Segundo irmão Meu irmão é o volume dois.

Ambos irmãos É um grande prazer conhecê-lo.

[Montag e Granger afastam-se.]

Granger Nós chamamos o primeiro de Orgulho e o outro de Preconceito. Não creio que eles gostem muito.


Os gêmeos “Orgulho” e “Preconceito” | Imagem: You Tube

Vocês talvez estejam se perguntando por que escrevo um post sobre um livro que não menciona Jane Austen e um filme que o faz em poucas linhas. É simples, além do livro Fahrenheit 451 ser um dos meus livros mais amados, gosto muito também da crítica do autor à televisão e aos programas idiotizantes (pouco mostrado no filme) e de como as pessoas podem reagir e manter, mesmo em circunstâncias para lá de adversas, os livros e o conhecimento. Não deixa de ser o amor que nos faz ler Jane Austen quase duzentos anos depois e outros tantos autores.

Post atualizado em 11/JAN/2014

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6 comentários

  1. Raquel, esse livro parece ser realmente muuuito interessante! Agora, fiquei morrendo de vontade de lê-lo!!! 😀 😀 😀
    Mas, antes, vou ler outros que estão “na fila”, como “Jane Eyre”.

    1. Karen,

      o livro, na minha opinião é maravilhoso. Também tenho que ler Jane Eyre, faz tanto tempo que o li…

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