Elizabeth Bennet a mais amada heroína da obra de Jane Austen está na lista das dez heroínas mais amada da literatura no site da AbeBooks, o que já sabemos ou, pelo menos concordamos, e portanto não nos surpreendemos, Mas há um detalhe interessante no texto de apresentação do site.
Primeiro vou colocar a frase escolhida, muito significativa na minha opinião, dita por Elizabeth para Mr. Darcy no capítulo 31 em duas traduções brasileiras:
“There is a stubbornness about me that never can bear to be frightened at the will of others. My courage always rises at every attempt to intimidate me.”
Tenho uma persistência que a vontade dos outros é incapaz de intimidar. Nesses momentos a minha coragem sempre me socorre. (trad. Lúcio Cardoso – várias editoras)
Há em mim uma obstinação que nunca me permite ser assustada pela vontade alheia. Minha coragem sempre emerge diante de tentativas para me acovardar. (trad. Celina Portocarrero – L&PM)
Agora vamos ao texto que mencionei que afirma que nossa admiração por Eizabeth é, na maioria das vezes, mais em função de Mr. Darcy. Eu gostaria muito de saber a opinião de vocês sobre essa afirmativa.
Let’s be honest, when people say they would like to be Elizabeth Bennet, they’re often more interested in Mr. Darcy than in Jane Austen’s most beloved heroine. But Elizabeth is so much more than her husband, and that is one of her greatest strengths. At a time when women were forced to marry for financial stability rather than love, Elizabeth chose the more difficult, uncertain option – and proved the doubters wrong. She took control of her own life, resisting societal pressure and maintaining her identity apart from marriage.
Sejamos honestos, quando as pessoas dizem que gostariam de ser Elizabeth Bennet, elas muitas vezes estão mais interessadas em Mr. Darcy do que na mais amada heroína de Jane Austen. Mas Elizabeth é muito mais interessante do que seu marido, e esse é um dos seus pontos mais forte. Em um tempo em que as mulheres eram forçadas a casar por motivos financeiros do que por amor, Elizabeth escolheu o mais difícil, a opção mais incerta – e provou aos que duvidavam que estavam errados. Ela tomou as rédeas de sua própria vida, resistindo a pressão social e mantendo sua identidade a parte do casamento.
Imagem: Biblioteca Jane Austen — Elizabeth Bennet em gravura de Helen Binyon, Pride and Prejudice, edição de 1938 da Penguin
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Eu discordo dessa ideia de que “quando as pessoas dizem que gostariam de ser Elizabeth Bennet, elas muitas vezes estão mais interessadas em Mr. Darcy”. Na verdade, amamos os dois como casal, mas eles são incríveis como pessoas (personagens)! Na verdade, essa é uma das grandes virtudes da Jane Austen: ela nos faz amar os pares e o romance, mas os vemos primeiramente como indivíduos, interessantes por si só.
Beijos, Raquel!
P.S.: Achei a lista meio nhé. No lugar de Nancy Drew eu colocaria Jane Eyre, por exemplo.
Eu gosto de Elizabeth Bennet pelo o que ela é, Darcy já é outro assunto e também concordo com a Rebeca que faltou na lista Jane Eyre, mas é difícil tirar algum nome todas são maravilhosas!
Discordo da afirmativa. Mesmo que o romance não tivesse uma personagem tão magnética quanto Mr. Darcy, ainda assim Elizabeth Bennet continuaria a ser uma mulher que nos encanta, que tem pensamento próprio e fala o que pensa numa época em que as mulheres tinham pouca ou nenhuma oportunidade de fazer nada disso, em função das restrições sociais. Elizabeth não se deixava intimidar.
Também concordo que Jane Eyre deveria estar na lista.
Concordo com as colegas que: 1- A Elizabeth é interessante por si só; 2-eu também colocaria a Jane Eyre na lista. Na verdade minha lista teria também pelo menos a Elinor e a Anne Elliot. Fiquei surpresa de ver uma personagem tão controversa quanto Scarlett O’Hara na lista, mas ela é interessante e complexa. E eu tiraria a Miss Marple, para mim a mais fraquinha dos personagens da Agatha Christie, acho ela meio sem graça em comparação com o Poirot ou com a dupla Tommy/Tuppence. Ah, amei que lembraram da Anne Shirley!
ps: relendo esse trecho “they would like to be Elizabeth Bennet, they’re often more interested in Mr. Darcy” fiquei me perguntando se a autora do texto não está se referindo à “paixonite” coletiva pelo Mr. Darcy, no sentido de querer estar no lugar da Elizabeth como a escolhida dele.
Concordo! Gosto do humor de Liz, da sua determinação e força!