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Uma pesquisa feita na Heriot-Watt University, em Edimburgo, afirma que comédias românticas, revistas femininas e masculinas podem prejudicar a vida afetiva dos casais. Segundo Kimberly Johnson, pesquisadora,

Os filmes capturam a excitação de um novo relacionamento, mas eles também sugerem, erradamente, que a confiança e o amor comprometido existem a partir do momento em que as pessoas se conhecem, enquanto que essas qualidades, normalmente, levam anos para se desenvolver.
Dica da Leticia que leu na BBC Brasil.

Quando li o artigo, pensei “ainda bem que Jane não é romântica!” É difícil classificar a obra de Jane Austen como parte de uma escola ou período literário, mas sua obra fica situada na literatura inglesa entre o fim do Romantismo e o início do período Vitoriano.

Marianne Dashwood, personagem de Razão e sentimento ou Razão e sensibilidade, às vezes citada como um exemplo do romantismo de Jane Austen, na minha opinião é o exemplo mais perfeito do não-romantismo da autora.

Qual a opinião de vocês?

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22 comentários

  1. Concordo no sentido da personagem Marianne não ser romântica… mas eu acho que Jane Austen no fundo tinha um romantismo no fundo do seu coração, porém Austen era sensata o suficiente para não cometer loucuras…. as loucuras dela foram satisfeitas com Marianne… que ao invés de romântica era deslumbrada….

    Ps: Hoje falei do seu blog no meu… tem até um link para ele lá na minha página… enfim tirei ele do buraco, mas tá tão feinho… kkkkk… sei que você não publica nem email e nem links de comentários, mas digo o meu aqui para que você possa ver…

    http://www.minhaleiturafavorita.blogspot.com

    Beijos 🙂

  2. Lília,
    eu estou para fazer um post sobre esse assunto de links e e-mails nos posts, mas o tempo está terrivelmente curto!
    Eu não publico o e-mail no corpo do comentário pois é muita responsabilidade (nunca se sabe quem vai ler e o que fará… já vi cada coisa!)
    Sobre os links: eu sempre analiso para ver se é de algum site que possa trazer problemas (qualquer tipo de problema) e publico ou não.
    No teu caso, não há problema algum de publicar o link do teu blogue. Tanto que você pode colocá-lo toda vez que comentar, na parte do formulário onde diz Website e assim teu nome fica com o teu link! Certo? beijocas

  3. Lilia,
    esqueci de comentar: Marianne a personagem é romântica, Jane Austen é que não é (minha opinião, é claro!)
    Acredito que podemos amar desesperadamente e não sermos românticas!

  4. Raquel…

    Você me ajuda em uma dúvida: você quando escreveu um comentário no meu blog, teve muita ‘burocracia’? parece que eu ativei moderação de comentários… será que isso é bom?

    Minha amiga disse que fica aparecendo algo como se fosse para cadastrar… fiquei sem entender….

    beijos

    PS: obrigada pelo comentário e não precisa publicar esse… se quiser escreve para o meu email a respeito! 😉

  5. Concordo com você. As obras de Jane Austen não possuem personagens com características eminentemente românticas, a não ser Marianne Dashwood – que serve justamente como “mártir” para mostrar que o amor romântico nem sempre é a maravilha que pintam os poetas; e Catherine Morland, que é uma caricatura das heroínas dos romances góticos. Emma Woodhouse talvez tenha alguns elementos românticos em sua personalidade, como a mania de ser casamenteira, mas as pretensões românticas que ela tem se limitam aos seus amigos, nunca é direcionado a ela mesma.

  6. Elaine
    exato. Sobre a Emma eu nunca tenho certeza dos sentimentos dela além do egoísmo quase infantil, apesar de ser esperta em alguns aspectos.

  7. Oh, li esse artigo ontem e me senti frustrada.. *adora romances*
    Com relação à Jane Austen, a ironia e certas “friezas” (leia-se realidade) dela retiram bastante o cunho romântico, na minha opinião de romântica assumida. ^^

  8. Eu concordo com a Lília quando disse que Jane tinha romantismo no fundo do seu coração mas era sensata o suficiente para não cometer loucuras. Os livros são mesclados com momentos que sugerem o romantismo e outros com uma ironia bem peculiar em torno da sociedade daquela época. A personagem de Anne e Marianne por exemplo. Acho que anne era um tanto frágil comparada com Elizabeth. Marianne me parece uma pessoa intensa em certos momentos, não sei até que ponto podemos considerá-las românticas. Quando leio os livros de Jane, o que me vem a cabeça é exatamente a ponderação das palavras razão e sentimento.

  9. Raquel, acho impossível ler um Orgulho e Preconceito da vida e não suspirar pelo casal da história. Acho que tem, sim, um lado romântico. Mas até nisso a Jane Austen era sensacional: nem só de romantismo são os seus livros; há os momentos irônicos, os sérios, os engraçados….Só açúcar é enjoativo. Um sal e uma pimenta tb são importantes. Bjinhos!
    p.s.: os cadernos já foram sorteados! Houve um felizardo e uma felizarda!

  10. Ise
    todos nós temos um pouco de romantismo!

    Vanessa
    também me ocorrem sempre as palavras razão e sentimento.

    Rebeca
    sim, torcemos para dar certo e sem amor algum ficaria insípido sem dúvida!
    PS: o caderno do senhorito já foi enviado, a senhorita ainda não se manifestou.

  11. Falando em Marianne Dashwood, quero que alguem me ajude a lembrar o número do soneto de Shakespeare lido por John Willoughby, no filme de 1995, (que por sinal muito bonito) durante sua visita uma dia depois de ter salvo a vida dela. Na ocasião ela diz que esse é, por coincidência, o soneto favorito dela e ele complementa dizendo que anda sempre com a miniatura desse livro. Espero ansiosa a informação!
    desde ja agradeço e parabenizo mais uma vez a Raquel por esse brilhante blog!

  12. Achei este comentário na net:

    Os leitores progressistas tendem a ler “Orgulho e Preconceito” como se existissem na trama duas personagens distintas, vindas de mundos distintos, com vícios e virtudes também distintos. Darcy contra Elizabeth, até ao dia em que o amor é mais forte. Erro. Jane Austen não era roteirista em Hollywood. E os leitores progressistas saberiam desse erro se soubessem também que o título original de “Orgulho e Preconceito” não era “Orgulho e Preconceito”. Era, tão simplesmente, “Primeiras Impressões”.
    Nem mais. Se existe um tema central no romance, não é Elizabeth, não é Darcy. E não é, escuso de dizer, o dinheiro, a ironia dos diálogos ou a decoração de interiores. “Orgulho e Preconceito” é uma meditação brilhante sobre a forma como as primeiras impressões, as idéias apressadas que construímos sobre os outros, acabam, muitas vezes, por destruir as relações humanas.

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult2707u29.shtml

  13. Vanessa,
    esse é um trecho do artigo “Como Jane Austen pode salvar sua vida” do jornalista João Pereira Coutinho e se você gostou leia mais o que escrevi sobre ele, aqui.

  14. Simmmmmmm eu já tinha lido esse post, mas quando vi esse comentário na net não associei um ao outro! Aliás eu achei o artigo tão bom que eu enviei às minhas amigas daqui do trabalho que também são fãs da Jane e a gente sempre encontra um tempinho, de preferencia na hora do almoço pra discutir certos temas. Agora tem o seu blog que eu acesso todos os dias, já está em meus favoritos.

  15. Jane Austen viveu na era de Byron,Shelley e Coleridge,eles são romanticos,então como ela não é?

    1. Olá, Danielle
      seja bem-vinda ao Jane Austen em português!
      Todos, ou quase todos, os críticos e estudiosos da literatura inglesa desse período não classificam a obra de Jane Austen como romântica. O fato de ter vivido na mesma época que Byron, Shelley ou Coleridge não a torna obrigatoriamente uma autora romântica. Eu acredito que quando lemos a obra de Jane pela primeira vez nos parece romântica, mas com o passar do tempo e as sucessivas leituras vão nos mostrando outros aspectos.

  16. Obrigada Raquel pelas boas vindas!Sempre é bom discutir com pessoas com senso de bom gosto como você e as amigas,o que ocorreu foi porque as personagens dela muitas tem características romanticas como Mariane e também porque Jane viveu no Romantismo.Mas na faculdade me explicaram que tem vezes que um escritor embora tenha vivido em um determinado estilo literário,ele vai digamos ser “diferente”como Augusto dos Anjos ou Honoré de Balzac que não se encaixam em nenhuma escola.Você acha que ocorre o mesmo com Jane Austen?Ela é um caso a parte?

    1. Danielle,
      sim, acredito que ela não se encaixe nessas classificações.

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