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Quase todas as discussões que tenho lido sobre Jane Austen e Tom Lefroy, começam, terminam ou mencionam o filme Amor e inocência (Becoming Jane).

O mote principal do filme, o romance entre de Jane e Tom certamente só poderia ser imaginado, pois as informações são mínimas e o exagero ficou por conta da fuga dos namorados e do encontro de ambos quando mais velhos – dois fatos que não há uma única evidência que tenha ocorrido.

Por mais que os produtores tenham protestado que é apenas uma obra de ficção, eles certamente contaram com a curiosidade e o desconhecimento do público sobre a vida de Jane Austen para divulgar o filme. Nada de errado em tornar ficção uma vida sobre a qual sabe-se muito pouco ou quase nada, mas considero desonesto não colocar no início ou mesmo no fim do filme essa informação. Colocar essa informação no mesmo “tamanho” e “importância” como a tela logo abaixo:

a propósito, o nome da sogra de Tom Lefroy era Jane, também…

e não como fizeram na última tela – letras minúsculas e de maneira vaga, quando a maioria das pessoas já se retirou da sala, do cinema ou de casa. Alguém leu? Eu traduzo: “Embora este filme tenha sido inspirado em eventos históricos, certas pessoas e eventos representados no filme foram inventados e/ou dramatizados. Qualquer similaridade entre as pessoas ou eventos fictícios e a pessoas ou eventos atuais são coincidências e não-intencional.”. Isto posto, vamos ao filme propriamente dito.

Os personagens e a “estória”

Lady Gresham e Mr. Wisley são fictícios apesar da importância deles na trama do filme. O dois parecem Lady Catherine de Bourgh e Mr. Darcy, ao contrário! Ela querendo casar o sobrinho com uma moça pobre e ele um bobalhão, o que não faz o menor sentido! Confesso que Wisley, no final da história, ganhou minha admiração mostrando-se alguém correto, apenas tímido ao extremo – bem mais parecido com Mr. Darcy do que Mr. Lefroy.

John Warren, ao contrário do que eu havia mencionado, existiu, mas com sentimentos diversos do personagem:

“Garanta a ela também, como uma última e irrefutável prova da indiferença de Warren por mim, o fato de ele ter desenhado um retrato daquele cavalheiro para mim e tê-lo entregue sem um suspiro sequer.” (Mais aqui)

O mãe de Jane retratada como uma “Mrs. Bennet” amarga e cavando suas próprias batatas foi outro exagero atroz. As mulheres da família faziam, é certo, trabalhos domésticos, mas os mais pesados ficavam com os criados. Os Austen faziam parte dos gentries, pessoas com condições financeiras razoáveis para manter empregados! (leia mais sobre gentry)

Esse Tom Lefroy fanfarrão e mulherengo, muito bem interpretado por James MacAvoy, está mais para Mr. Wickham, Henry Crawford ou Tom Bertram do que para Mr. Darcy! Eu diria que é quase o oposto do mencionado nas cartas de Jane e outros escritos,

“Ele é um rapaz muito educado, bonito, um jovem agradável posso assegurar isso para você.” (Mais aqui)
“[…] cartas escritas pelos tutor de Tom, Rev. Dr. Burrowes e também cartas do tio, Benjamin Langlois, que foram publicadas no livro Memoir of Chief Justice Lefroy, todas dando conta de um rapaz educado, de boa índole, aplicado nos estudos e piedoso. (Mais aqui)

A inclusão do irmão George quase nunca mencionado e que poucas pessoas sabem que existiu foi um ponto positivo para o filme, mas… Jane Austen não merecia a pieguice da cena final!

Os atores

Todos, na minha opinião, com exceção de Anne Hathaway, atuaram bem. Ela não foi convincente como Jane Austen e teve uma atuação insonsa. Ao que tudo indica ela também não se sentiu “confortável”:

Anne said: “I started to sound a bit too much like myself and not at all like Jane. After all that f***ing accent work, about 80 per cent of the dialogue in the film was unusable. I had to go to England to re-record it all.”  Entrevista para Britain’s Sunday Telegraph – 21/fev/2007 no Boston.Com (em inglês).
Eu comecei [atuar] parecendo um pouco demais comigo mesmo e não com Jane Austen. Depois de todo o trabalho com este f***ing* sotaque, em torno de 80 por cento dos diálogos do filme ficaram inaproveitáveis. Eu tive que ir para a Inglaterra e regravar tudo.

* escrevam aqui o que você acham que ficaria adequado para desqualificar o sotaque dos conterrâneos de Jane Austen em uma entrevista sobre sua própria atuação como… Jane Austen.

Acredito que Anna Maxwell Martin, que fez o papel de Cassandra ficaria perfeita no papel de Jane, não só pela boa atuação como pelo tipo físico. Bastava escurecer um pouco os cabelos – compare com a aquarela de Jane de 1810. E se o personagem Tom Lefroy, fosse representado mais como o rapaz tímido descrito por Jane, acredito que o ator Tom Vaughan-Lawlor o faria com exatidão. Neste caso deveria clarear as madeixas! Compare também o sorriso com o original!

Anna Maxwell Martin como Cassandra Elizabeth Austen

Tom Vaughan Lawlor como Tom Fowles, noivo de Cassandra.

Conclusão

Quando leio as cartas de Jane Austen vejo uma moça inteligente encantada com um rapaz também inteligente e ambos regidos pelos costumes de sua época e suas própria ambições. No momento da decisão, se é que chegou a esse ponto, a escolha foi a razão e não os sentimentos.

Apesar do tom de galhofa de suas cartas penso que Jane ficou mais enamorada do que confessava, mas é só divagação pois não temos uma palavra ou um bilhete sequer de Tom dessa época para corroborar ou contradizer tal fato. Muitos anos depois, quando indagado sobre o assunto, por um sobrinho, o venerável Juiz do Supremo Tribunal de Justiça da Irlanda disse que teve um amor juvenil pela escritora Jane Austen. Joan Klingel Ray, que já mencionei aqui, interpreta esta declaração como uma demonstração de cavalheirismo de uma certa forma confirmando o que estava escrito nas cartas de Jane e não como confissão de um romance. Há outras possibilidades. Ter sido mesmo um amor juvenil. Ter sido um grande amor mas preferiu calar. Ter sido uma declaração por vaidade ou simplesmente estava gagá!

Algumas informações nestes post sobre Jane Austen e Tom Lefroy ficaram incompletas mas espero com o tempo adquirir mais informações para compartilhar com vocês.

Links da série completa de posts sobre Jane Austen e Tom Lefroy:
Jane Austen e Tom Lefroy – parte 1 | parte 2 | parte 3 | parte 4 | parte 5 | parte 6 | parte 7 | Amor, inocência e pouco substantivo

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30 comentários

  1. Raquel, eu interpretei diferente a sua citação da atriz Anne Hathaway. Ela fala que ela começou falando muito como ela, e que por isso 80% dos diálogos ficaram imprestáveis, não que ela esteja desqualificando o sotaque das pessoas que moram na região que Jane Austem viveu.

  2. Juliana,
    não me referi aos 80 por cento de erros.
    Me referi ao “f***ing accent“. Sei que ela fala do próprio trabalho mas uma entrevista sobre Jane Austen merecia uma linguagem mais elegante.

    Por exemplo: Ray Winstone, ator inglês, desbocadésimo adoro entrevistas com ele “and his Cockney accent is f***ing sexy!”

  3. Raquel,
    Sei que muitas coisas no filme foi imaginado e romanceado… isso acontece sempre que uma biografia toma as telas… na casa das sete mulheres acontece muito isso… quem leu o livro e viu a serie percebe isso claramente…

    Mas te confesso que o filme ficou bem interessante… concordo que teve alguns “pecados”… mas gostei do geral…

    bjs

  4. Simplesmente adorei essa série de matérias sobre Jane Austen e Tom Lefroy. Elas serviram para aumentar e muito meu grau de conhecimento e admiração por Miss Austen.

    Não cheguei a ver o filme até o final (pois assisti algumas partes via YouTube com legendas em espanhol), porém nem precisava de muito para perceber que boa parte do que era mostrado nada mais era do que ficção. Senti-me vendo alguma outra versão de Orgulho e Preconceito.

    Gostaria de alugar o filme e assisti-lo até o final para poder dar uma opinião mais sólida sobre ele…

    Bem, mais uma vez parabéns pelo excelente site!!

    Beijos!!

  5. Se ela teve tanta dificuldade com o sotaque, porq não constrataram uma atriz inglesa?? 1º Poupariam qualquer ator de ter que aprender tal sotaque e 2º Conhecemos atrizes inglesas maravilhosas que poderiam ter dado vida à Jane Austen. Concordo no quesito de que houve sintonia de Anne com James. Eu gosto dela desde que fez o diabo veste Prada, mas mesmo assim, uma atriz inglesa deveria ter sido escohida.

  6. Infelizmente, Hollywood tem dessas coisas. Tinham que contratar uma atriz que estivesse em destaque para papel de Jane Austen. O desconforto de Anne Hathaway em interpretar Jane é visível (e risível) na tela. O que deveria ser um chamariz para o público ir ao cinema acabou sendo um tiro que saiu pela culatra, porque A) o nome dela ainda não é forte o suficiente para atrair multidões aos cinemas e B) conseguiu irritar a maioria dos fãs fieis de Jane Austen.

  7. Mudando de assunto, li hoje no AustenBlog seus cadernos serem super-elogiados pela Mags, no post “The Janeite Holiday Buying Guide”. Gente fina é outra coisa!

  8. Tinha de colocar o “detail” da ficção logo no início, e com uma voz reproduzindo ao fundo, numas de “mais claro, impossível”. Mesmo assim, nem sei se adiantaria. A maioria das biografias desse tipo não dá um roteiro ao gosto popular, e o cinema tem de recorrer a histórias um pouco mais apeladas, vamos dizer. De qualquer maneira, o grande público acaba comprando a história do filme, e não pesquisa ou pensa na realidade rala de uma vida comum. Exemplo de grandes mentiras que ficaram pra história é “a malvadeza, a inveja, a mediocridade e a mesquinhez” de Antonio Salieri no filme “Amadeus”, de Milos Forman (assim adaptado de um roteiro de teatro). Não foi nada disso. Salieri existiu, não era inimigo de Mozart tampouco medíocre. Mas foi isso que ficou na cabeça das pessoas.

  9. Concordo com as meninas acima: tanto Anne quanto Tom foram escolhidos para que o filme tivesse bom público! Eu li recentemente que a Anne já havia escrito uma monografia sobre a Jane Austen na época de escola e talvez isso tenha dado um empurrãozinho também. Pena, não ter passado nos cinemas do Brasil.

  10. Anne Hathaway nesse ano de 2008 fez ao menos 4 filmes de muito destaque… vai acabar perdendo o Oscar do ano que vem por pecar pelo excesso! Tantas boas atuações que uma vai acabar “minando” a outra e os votos se espalhando… 🙁

    Mas torço por ela!!!

    Quanto à Becoming Jane… ela foi muito esforçada… e como eu li em uma crítica (não lembro o site): “o roteitro é muito ‘ruinzinho’… a culpa não é dela e nem dos demais atores”…

  11. Ana Paula
    tenho muita vontade de ler A casa das sete mulheres. Ainda lerei

    Camila
    muito obrigada! Veja o filme, sim.

    Vanessa
    os motivos devem ter sido comerciais. Mas sinceramente, acho que erraram feio nesse caso. Não vi nenhum outro filme com essa atriz. Certamente teria muitas inglesas e cheias de talento.

    Elaine
    você sintetizou muito bem e deve ter sido isso mesmo que aconteceu.
    Sim, fiquei contente que a Mags falou sobre meus caderninhos. Ache ela muito divertida. Você já leu o que ela escreveu sobre a Hathaway?

    Leticia
    exemplo perfeito. Pobre Saliere! E eu acredito que a história de Jane que se tem conhecimento daria sim uma boa história, mas… hoje é tudo muito rasteiro.

    Adriana
    Eu não sei qual foi o rendimento nos cinemas americanos, mas acho que não foi nada estrondoso pelo que li no AustenBlog. Se de fato escolheram a atriz por ter feito uma monografia sobre Jane Austen é o maior disparate que já vi – nem que tivesse feito um doutorado!

    Lilia
    não vi nenhum outro filme dessa atriz. O roteiro não era grande coisa, mas não impediu os outros atores de fazerem um trabalho razoável, que não foi o caso dela, na minha opinião, é claro.

  12. Oi Raquel!

    Dei risada quando li o q vc colocou sobre a Mrs.Austen que no filme aparece plantando batatas… E lembrei daquela parte em que a Jane diz que vai alimentar os porcos!!! Eh mto exagero mesmo!

    Abracinhos

  13. Pri
    seja bem-vinda ao Jane Austen em português!
    Tem várias sandices este filme. Listei poucas… aliás, descobri um blog com uma sátira ótima e se a autora permitir vou traduzir e colocar aqui – é de chorar de rir!

  14. Oi Raquel!

    Eu sou a mesma Priscilla que disse que vou ganhar o livro Persuasao de meus pais! Eh que eu achei que tinha me identificado como Pri da primeira vez q comentei, desculpa entao!!! E abracinhos 🙂

  15. Pri,
    você deve ter entrado com outro e-mail e aí o sistema coloca como primeiro comentário e eu também às vezes não me dou conta que é a mesma pessoa… risos…

  16. ‘eldest daughter’… bem eu não sei muita coisa de inglês… mas não seria o nome da filha mais velha – Jane – em vez do nome da sogra, como tem no post??? no filme eu entendi que Jane seria a filha de Tom, lá no finalzinho quando ele a repreende por ela insistir que Austen faça uma leitura pública (algo que Jane não gostava muito… ao menos no filme, se era verdade, jamais saberemos…) 😉

  17. Lília
    “eldest daughter” significa filha mais velha.

    Quando escrevi “a propósito, o nome da sogra de Tom Lefroy era Jane, também…” foi para esclarecer que não é possível saber se Tom nomeou a filha em homenagem a autora ou a sogra dele que também se chamava Jane. O mais provável é que o nome da primeira filha mulher tenha ficado a cargo da esposa de Tom e nada mais natural naquela época do que dar o nomes dos pais. Veja o exemplo na casa de Jane Austen, a filha mais velha chamava-se Cassandra como a mãe. Cassandra Elizabeth, para ser mais precisa.

  18. Olha, achei a atuação da Anne Hathaway bem boa, assim como McAvoy perfeito para o papel que desempenhou no filme (levando em consideração a versão Hollywoodiana de Tom Lefroy), afinal, lindo que só ele… mas deixando de lado todo o deslumbre que tive ao ver o filme, gostaria de te parabenizar pelo trabalho! Meu deus, me envolvi de tal forma que ao acabar de ler, quis ler tudo de novo!
    Ah, sobre a Anne, novamente, não sei se tu chegou a ver nos extras do filme que ela fala que pesquisou sobre a vida da Jane e tal… pelo menos ela se esforçou… afinal, não é qualquer um que conseguiria desempenhar tão bem o papel da adolescência de um gênio da litertura mundial…
    Obrigada pela oportunidade de saber um pouco mais da vida da Jane Austen e mais uma vez parabéns!

  19. Olá Raquel,
    Adorei conhecer seu blog! Confesso que esse é um dos primeiros contatos “legítimos” que tenho sobre Jane Austen. Digo legitimo, pois anteriormente todo contato que tive foi superficial, mantendo-se em nível de citações dos personagens dela em outros romances que adquiri. Assim, nunca parei realmente para ler sobre ela ou livros dela especificamente [heresia da minha parte, of course, mas finalmente fui salva…rs].
    Bom, o que me fez pesquisar e ler mais sobre Jane foi justamente o filme Amor e Inocência, que assisti nesse feriadão de carnaval. Com toda a licença poética [e a nem tanto poética] que Hollywood sempre usa para levar às telas a vida de personagens ilustres, digo que o filme me foi muito agradável – de forma geral. Deu para divertir e chorar… [bom, como eu choro até com propaganda de margarina, então preciso de um desconto…rs].
    O que me trás ao seu blog novamente. Sua analise sobre Jane Austen e Tom Lefroy é absolutamente interessante, senão intrigante. Realmente nos faz questionar, a partir das fontes que você aponta, qual o real relacionamento entre ambos. Amizade? Impressão de Jane de algum interesse por parte do Sr. Lefroy? Flerte suave entre os dois? Amor forte, mas que Jane tentou esconder por razões, que a própria razão desconhece? Hmmm
    Com tudo isso, e por isso, estou empolgadíssima para ler Persuasão, uma edição bilíngüe da Landmark, que adquiri no final do ano passado. Claro que os demais livros de Miss Austen estão na minha lista de futuras [imediatas] aquisições….rss.
    E, com certeza, seu blog entrou para minha lista de favoritos, e minha fonte de consulta!
    Parabéns!
    Abraços

  20. Assiti ao filme e também achei que os roteiristas se inspiraram demais nas personagens dos livros tentando construir o que seria a personalidade de Jane. Há momentos em que você diz nossa parece Emma, ou agora é Orgulho e Preconceito, mas mesmo assim é um bom filme que arranca o suspiro final de …aiai que graça!
    Quanto ao que realmente aconteceu, creio que por mais que se especule, jamais saberemos porque toda a reserva em relação aos sentimentos que se possuía na época, não seria facilmente exposto nem por correspondências quanto mais à terceiros que supostamente estiveram presentes nos acontecimentos. Tudo o que podemos fazer é imaginar se Jane era muito irônica ou se apaixonada.

  21. Camila,
    seja bem-vinda ao Jane Austen em português!
    Sobre Jane, talvez ambas.

  22. Ola!
    Descobri o filme “Becoming Jane” por acaso, acho por nao ter sido muito divulgado aqui no centro oeste. Como fã apaixona, loquei. O filme, nao chega a ser um trabalho extraordinário, mas deixa muito a desejar quanto obra baseada na vida de Jane Austen. Apesar de ter lido apenas uma obra sobre sua vida, a Jane interpretada por Anne Hathaway simplesmente nao parece com ela! Muito agressiva em alguns momentos, desculpe, mas nao consigo imaginar Jane Austen por mais irritada que estivesse, gritando com alguem, principalmente com a mãe. Que dirá fugindo com alguem! E como a autora do blogue disse, chega a ser desonesto deixar quem nao conhece pensar que “toda a estória” é baseada em fatos reais. Tambem concordo que a Anna Maxwell interpretaria Miss Jane Austen muito bem! Enfim, gostei muito de ter lido as cartas, nao sabia da existencia delas.
    Parabens pelo blogue.

    1. Danielle,
      muito obrigada e seja bem-vinda ao Jane Austen em português!

  23. Adorei essa matéria, foi muito proveitosa!

    Concordo com vc sobre o filme e sobre a negligência sobre as informações minímas e meio que errôneas no final. Como eu já havia pesquisado sobre Tom Lefroy antes então sabia da sogra dele, aí quando termina o filme eu comento com meu irmão “mas e a sogra?”

    Coitado do senhor Lefroy sendo comparado com o Wickham, mas realmente, mesmo que para mim ele é mais soisticado e mais admiravél do que o Mr.Wickham.
    Eu gostei do Mr.Wisley desde o começo, mesmo ele sendo um tolo, teve algo nele que me ganhou a simpatia e ganhou ainda mais no fim.

    Achei que Cassandra e o noivo dela foram os personagens sem presença no filme, mesmo que tivesse uma parte com mais força de Cassandra, achei que ambos poderiam serem melhor expandidos e a Sra. Lefroy tmb, por ter sido amiga de Jane apesar da idade.

    E pensando agora, Lawlor e Anna seriam um Jane e Tom mais certos do real. Mesmo eu gostando do James, com o charme e da Anne, que pareceu bem na imagem e péssima na atuação.

    Mas ainda assim o filme é razoavél e agradavél, se não fosse colocado como biografia da Jane Austen.

    Bjs e parabéns pelo blog!

    1. Aline,

      fiquei muito contente em perceber que você leu a matéria inteira e mais ainda por ter gostado! Obrigada por todos os comentários. Um beijo

  24. Apesar de não ter tido contato com as obras de JANE ,conheci algumas obras da autora. Minha professora da facudade é sem dúvida uma das apaixonadas pela sua obra, professora esta de literatura Inglesa e Norte -Americana( Adriana Silene) e uma colega da faculdade Daniela que no seu tcc tinha como título ”AS CONSTRUÇÕES DOS PERSONAGENS DE JANE AUSTEN”. Pois é que pena que quase não divulgam essas autoras como: JANE, EMILY, WOOLF ENTE OUTROS. Parabéns…………

    1. Adriana,

      a divulgação de livros de Jane Austen tem sido constante nestes duzentos anos, independente dos picos de modismos.
      Atualmente há mais procura por filmes sobre sua obra, pela experiência que tenho aqui no blog. Muitas vezes percebo a admiração não pelo personagem e sim pelos atributos físico do ator que o interpreta. Mas ao fim e ao cabo perdura a obra!

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