A terceira irmã Dashwood
por Bárbara Garcia
Biscoito & Bolo
Os livros de Jane Austen trazem vários personagens secundários que muitas vezes se tornam tão queridos quanto os protagonistas. Esse é o caso de Margaret, a Dashwood mais nova. A narrativa de Razão e Sensibilidade define a menina de 13 anos como saudável e bem-humorada; as aparições dela não são muitas, mas foram em momentos chaves da trama: basta lembrar que ela gosta muito de Edward Ferrars e com Marianne ela presenciou o momento em que Willoughby surge no meio da chuva para salvar a irmã.
São poucas passagens, porém acredito que da mesma forma que Margaret conquistou diversos leitores, também conquistou os criadores das adaptações de Razão e Sensibilidade. No filme de 1995, Margaret é interpretada pela atriz Emilie François e na série produzida pela BBC, em 2008, a atriz é Lucy Boynton: ambas criam personagens que roubam a cena de vez em quando, são adoráveis e bem-humoradas como a própria autora havia descrito. Nessas duas versões, Margaret aparece como uma menina estudiosa, questionando alguns ensinamentos passados pelas irmãs e pela mãe.
Margaret está na idade na qual Jane Austen descreve suas heroínas como brincalhonas e leitoras vorazes (quase como é a descrição inicial de Catherine Morland em A Abadia de Northanger). O período em que os pais permitem que elas se divirtam como crianças até chegar o momento em que terão de ir aos bailes e reuniões e se comportar como moças em busca de um casamento.
Jane Austen termina o parágrafo sobre Margaret dizendo que aos 13 anos a menina “não prometia igualar-se às irmãs em um período mais adiantado de sua vida”. Imagino que a terceira irmã Dashwood é o equilíbrio entre os extremos de Elinor e Marianne. Uma coisa é certa: Margaret, tão nova, já dava sinais de que poderia muito bem ser uma próxima heroína austeniana.
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Amei o post da Barbara e concordo plenamente, eu tb imagino Margareth crescendo dessa forma, seu espírito aos 13 anos me faz pensar muito na Lizzie.
Gi,
ela, de fato, era partidária da verdade como Lizzie!
Também adorei o posto, realmente Margaret seria uma perfeita heroína austeniada.
Agora já posso participar do centanário de Razão e Sentimento, pois hj chegou meu livro (comprei na Estante Virtual) c/ tradução de Ivo Barroso e não vejo a hora de me deliciar novamente c/ as irmãs Dashwood.
Cleide,
que maravilha! Mais uma leitora de Razão e sentimento.
Margareth me faz lembrar minhã mais nova, q hoje tem 12 anos: curiosa, inteligente e bem-humorada.
Aline,
que maravilha, sua irmã. Tenho conhecido umas adolescentes bastante impertinentes…
Raquel,
Muito interessante o post da Bárbara. A Margaret realmente é uma personagem que, embora apareça muito pouco, chama bastante atenção, principalmente nos filmes. Adoraria ler um romance da Jane Austen com Margaret como protagonista. Acho que o desenvolvimento dessa personagem possibilitaria uma trama interessantíssima, principalmente se fosse contada por nossa querida Jane.
Beijos!
Sofia,
tem um romance de Jane Odiwe, que é uma graça, e tem Margaret como uma das protagonista, chama-se Willoughby’s Return. Eu li e gostei muito pois Jane Odiwe tratou o texto com muita delicadeza. Veja a resenha que escrevi no meu Lendo Jane Austen: O retorno de Willoughby.
Raquel,
Sou a irmã da Aline Tavares tudo que ela disse é verdade mesmo. Mas ás vezes sou um pouquinho ipertinente. Mas com ela eu aprendi várias coisas uma delas foi começar a gostar de Jane Austen, não é maravilhoso?
Alicia,
mas é mesmo uma maravilha!
Agradeço novamente pelo convite da Raquel e pelos comentários. Percebo que não sou a única a se apaixonar pela Margaret e por tantos outros personagens “secundários” que Jane Austen cria tão bem. Também fiquei feliz de ver que as “Margaretes” da vida real ainda existem!
Beijos.