Sigismundo, meu amor!
Tudo nele me parecia perfeito, exceto o nome. Como alguém tão bonito poderia ter um nome tão pavoroso era um mistério, mas o amor é cego, as roupas lindas, os sapatinhos adoráveis, o porte garboso e a fúria encantadora! Como vocês podem ver desde criancinha gostava de rapazes maus que nem pica-pau.
Mesmo entendendo a lógica da história e os motivos que levaram meu amado acreditar que a vida era sonho, eu passei a me perguntar amiúde: e se a vida for mesmo sonho? E se eu acordar agora e descobrir uma verdade horrível?
Dia dos namorados, nada melhor do que homenagear o primeiro amor!
O amor acabou mas a dúvida me atemorizou por muitos anos, até que me conformei. De fato a vida é sonho e hoje só cuido para que não vire pesadelo.
A coleção O livro dos nosso filhos foi um dos meus mundos encantados com suas ilustrações e histórias e entre os vários resumos de livros estava A vida é sonho de Pedro Calderón de la Barca (1600-1681) e meu querido Sigismundo. Imagino que Jane Austen, assim como eu e muitos que fomos criados apenas com livros, também deve ter se enamorado ao ler ou ao escutar alguma história.
Hipogrifo violento,
que corriste parejas con el viento,
¿dónde rayo sin llama,
pájaro sin matiz, pez sin escama
y bruto sin instinto
natural, al confuso laberinto
de esas desnudas peñas te desbocas,
te arrastras y despeñas?
- Primeiros versos de La Vida es Sueño, Pedro Calderón de la Barca (1600-1681)| Texto integral no site Domínio Público (em espanhol)
- IMAGEM: coleção O livro dos nosso filhos, vol. I, p. 363
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vou te confessar, neste Dia dos Namorados: eu tinha uma quedinha pelo Poirot, da Agatha Christie. Mesmo ele sendo um pouco mais velho. Mas aquele ar de nobre, correto, elegante sempre me encantou. Até conhecer o Mr. Darcy…ai, ai… Mas agora prefiro os homens de carne e osso mesmo!
Bjos,
Rebeca
Rebeca!
que inusitado a tua queda! Claro, os verdadeiros são imbatíveis!
Em relação aos livros meu primeiro amor (não lembro exatamente qual foi) mas era algum da coleção vaga-Lume. Adorava essa coleção e a Cachorrinho Samba da Maria José Dupré.
Beijocas!
Vanessa,
se lembrar o nome, por favor, volte aqui e deixe registrado!
Já adolescente eu me apaixonei por Sarah Miles, a linda e angustiada atéia, e depois católica fervorosa, do romance The End Of The Affair do mestre Graham Greene.
Maurice Bendrix foi quem teve a sorte de viver um affair tão quente numa Londres tão fria.
Carlos,
que sofisticado, você!
The End of the Affair, vi o filme e comprei o livro que ainda não li… até comecei, mas não “grudou ainda” por assim dizer…
Desculpa Raquel, eu entendi errado. Achei que vc se referia ao livro, mas vc se refere ao personagem. Como a Rebeca sempre gostei muito ao personagem Poirot da Agatha Cristhie, mas nada que se compare ao Mr. Darcy e o Capitão Wentworh!
Vanessa,
que coincidência, sobre o Poirot!
Eu tive uma queda pelo Padre Ralph de Bricassart, era criança quando assisti a minisserie e adolescente quando minha mãe me deu o livro aiai Richard Chamberlain, depois vieram outros, Heathcliff, Mr.Thorton e claro Mr.darcy.
Ah Raquel você já assistiu um documentario chamado The Real Jane Austen? Eu vi e gostei bastante, apenas fiquei curiosa pra saber sua opinião.
Nique,
eu lembro vagamente da série e do padre Ralph.
Acho que assisti partes dos documentário e não estou bem lembrada dele.
Pesadelo foi no que se transformou meu primeiro amor, aos seis, sete aninhos de idade. Ele me achou pelas nets da vida, e hoje está careca e barrigudo…
Leticia,
pelo visto ele sabia de teu amor… ou estou enganada?
Minha primeira paixão literária foi aos 10 anos: caí de amores pelo Augusto de “A moreninha”.
Elaine,
nossas paixões de menininhas são tão lindas!
Não, Raquel, não sabia. Nem essa ressalva, que poderia lhe dar um pouco de, digamos, especialidade, existiu…
Leticia,
o que posso dizer? M.I.D.?