Recebi a Carta de Citação da 4a. Vara Cível de São Paulo do Processo 001.09.135047-7 sobre ação movida pela Editora Landmark e pelo senhor Fábio Cyrino.

O processo é sobre pretensa calúnia contidas nos posts que escrevi sobre plágio no Jane Austen em Português, alegando que o blog é na verdade um reprodutor dos supostos ataques de Denise Bottmann, também citada na mesma ação. Vejam o post  “justiça e internet“, no seu blog não gosto de plágio.

Exigiram: publicidade restrita (não poder divulgar nada sobre o processo), antecipação de tutela (a remoção imediata do blog do ar antes de avaliação da ação), direito de esquecimento (remover o blog do ar) e uma indenização vultuosa por supostos danos materias e morais.

O juiz não determinou a publicidade restrita e negou a antecipação de tutela como é possível  ver nesta página do tribunal.

Todo o caso está amplamente divulgado em blogs, redes sociais e grandes jornais. Vejam os links no post abaixo com o título de Esclarecimento.

Agradeço imenso o apoio e divulgação de todos e partir de agora o caso está com minhas advogadas e com a Justiça.

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22 comentários

  1. Boa sorte no processo, estou torcendo por você!
    E pra Landmark, ao contrário do que ela queria, nós não vamos esquecer o que a Editora está fazendo.

  2. e pensar que tudo isso começou com um episódio tão singelo e aconchegante de um pequeno grupo de leitura compartilhando uma obra de jane austen e tomou um tal vulto, com tantas manifestações de solidariedade pelo brasil afora!

    1. Denise,

      será que acabaremos dizendo “sangue de Jane Austen tem poder”?

  3. Rindo com o “sangue de Jane Austen tem poder”.

    Pois é, Raquel e Denise, eles acharam que iria ser como tirar doce da boca de criança, como nos plágios, mas a coisa vai apertar.

    Bjos!
    Ricardo

  4. raquel, como fã do seu trabalho na divulgação da obra de jane austen [e, consequentemente, da literatura] é meu dever ajudar a divulgar o perrengue que está a passar e apoiá-la no que for preciso!
    🙂

  5. Se restar um pouco de bom senso à editora, ela volta atrás pra não passar mais vexame. Os trechos com que a Denise provou o plágio são de rolar de rir. Por esse e por outros antecendentes, não sei como uma empresa consegue ser tão desleixada quanto à sua imagem.

  6. Concordo plenamente com a Letícia. Acredito que eles não esperavam toda essa repercussão e talvez estejam até receosos do que toda essa situação – que eles mesmos começaram – pode provocar num futuro próximo(leia-se sua imagem perante os leitores e índices de vendas). Raquel, reafirmo que estou torcendo por você e pela Denise.

  7. Não só estou torcendo por vocês, como tenho certeza que sairão vitoriosas de todo esse infortúnio.

    Seja como for, ainda não vi uma única voz se manifestar em favor dos plágios de certas editoras.

    Esse pessoal que gosta de fazer os outros de idiota e de tirar dinheiro suado de gente de boa fé vai pagar muito caro por isso. Pode apostar.

  8. Antigamente os tradutores eram “cada um por si”. Há ainda muitos assim. Hoje existe uma solidariedade maior e a grande Denise Bottmann, no seu incansável e homérico trabalho de cotejo, nos une cada vez mais. Que se desmascarem os injustos e que o “sangue de Jane Austen, Kafka, Marx, Machado de Assis (Claret é piada pronta) tenha poder”.

  9. Raquel toda esta situação beira o absurdo, mas é certo que a Landmark contava com o sigilo e nunca imaginou o poder de mobilização que nós blogueiros temos, e sim nós não esqueceremos da Landmark, e sempre passeremos longe de seus livros! Conte sempre com meu apoio!

    estrelinhas coloridas…

  10. Raquel querida!
    Nem posso acreditar! Você, a mulher mais honesta que conheço – e tão generosa, diga-se – ser alvo de um processo como este. O meu apoio tem cabelos femininos em fogo, junto com todas as Luluzinhas do país, fique sabendo.
    Conta comigo.
    beijo enorme.

    1. Lucia,

      muito obrigada pelo apoio! Se quiser tem uma petition online aqui – está no nome de Denise Bottmann mas o processo é um só para as duas.

  11. O que decepciona no comportamento geral – de leitores comuns, livreiros e entidades de classe – é que, quando confrontados com um problema, assumem posição mezzo sem-vergonha, mezzo subordinada: “só tomaremos uma providência (ou só terei opinião) quando a Justiça definir isso para mim”.

    Isso prova que o Brasil ainda vive lá na Colônia: não sabemos e não queremos pensar, não temos autonomia individual de coisa alguma: o “paizão” nos diz o que devemos fazer.

    Isso lembra o comportamento rastejante do povo perante as autoridades nos autores russos. Quando o Brasil avançará?

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