O primeiro contato com Jane Austen nem sempre começa com um livro, pode ser teatro, pequenos vídeos ou séries e filmes. Nina Vieira, leitora do blog, gentilmente nos conta como conheceu Jane Austen. Muito obrigada, Nina!
Primeiro contato com Jane
por Nina Vieira
Meu primeiro contato com Jane Austen foi em 2008, quando minha professora de História do colegial passou a versão de 2005 do filme Orgulho e Preconceito. Ela queria mostrar aos alunos como as jovens do século XVIII eram predestinadas a se casarem – e por obrigação. A turma adorou o filme (só não nos agradou o final – porque não teve beijo!) e então a pró veio com uma surpresa: faríamos uma peça sobre a obra de Jane.
Os testes foram realizados com os alunos de todas as turmas do segundo ano. Fiz o teste para Caroline Bingley, mas ela não estava de acordo, dizendo: “você, magra desse jeito? Vai fazer Elizabeth e ponto final”. Fui praticamente “intimidada” a fazer a protagonista! Eu queria ser uma vilã, pois já havia feito teatro antes – sendo que nunca fui uma vilã. E eu gostava da inveja “boa” de Caroline. Acho que fiquei com Lizzie porque todos diziam que Keira se parecia bastante comigo, e vice-versa.
Um grupo de alunos ficou responsável pelo roteiro (era uma atividade interdisciplinar, sendo que o roteiro valia nota para Língua Portuguesa) e havia o grupo de atores que eram quase vinte pessoas. Ensaiamos durante um mês, escolhemos todo o figurino, pegamos a trilha sonora da própria versão de 2005 e o mais fácil foram os móveis: a escola, por ser antiga, tinha muitos móveis velhos – até um piano para Mary nós conseguimos! O único problema do piano eram as teclas emperradas, ou seja, Mary Bennet tocava e todo mundo ouvia uma espécie de playback da trilha sonora original.
O ensaio mais divertido foi com relação as danças. Pareciam difíceis inicialmente, mas nos acostumamos tanto que não poderia ter sido mais divertido! Nos baseamos em várias danças escocesas, assistimos diversos vídeos.
Criamos uma “família” dentro da peça. Todos eram amigos – e os que não eram sequer conhecidos acabaram se tornando companheiros maravilhosos. Decorar as falas e dizê-las quando encontrasse o outro na cantina do colégio, por exemplo, era uma ótima forma de memorizar ainda mais o texto. Aliás, todos tiveram que ler o livro antes do texto da peça. As meninas gostaram, os garotos nem tanto.
Apresentamos duas vezes. Estivemos nervosos no dia da estréia, alguns esqueceram a fala, mas improvisaram bem. Levou muito tempo, mas os alunos que assistiram acharam interessante e ficaram até o final.
Fomos aplaudidos de pé por alunos, professores e o diretor da época. Valeu a pena a experiência de ter sido Lizzie. Depois disso, percebi que Jane é minha escritora predileta – li todos os seus livros e gostei bastante. Foi bom ter sido uma de suas heroínas.
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Muito legal esta história!!! Foi marcante, com certeza!!!
Obrigada, Nina, por compartilhá-la!
Que coisa maravilhosa Nina! Parabéns!
Nina!
Que relato maravilhoso! Obrigada por compartilhar sua experiência teatral!
Esse tipo de atividade realmente tem o condão de aproximar as pessoas… Deve ter sido realmente muito bom! E viver Lizzie, então? Como foi com o seu Darcy?hehehe! (Curiosidade…)
Grande abraço!
Muito legal! …
Muito legal !
Muito bacana! Deve ter sido mesmo uma grande experiência para todos que participaram.
muito legal essé depoimento, também fui apresentada a obra da Jane Austen em 2008, quando o meu professor de inglês indicou uma versão adaptada de Pride and Prejudice para trabalharmos durante o ano. Me apaxonei naquele momento, porém só tive a oportunidade de conhecer as outras obras esse ano.
Oi pessoal!
Obrigada Raquel por ter publicado minha história. E obrigada o carinho de todos. Quanto a Mr. Darcy, prefiro o do cinema. O meu era divertidíssimo, mas era tão bobo quanto Mr. Bingley!
Um beijo grande!
Nina,
sua história é uma graça.
Poor Mr. Darcy… Poor Mr. Bingley!!!
Agora você nos deixou todas curiosas.
mas que legal nina, eu sempre quis atuar jane austenmas os sextos anos da minha escola nao tem nem ideia de que jane austen existe pois esses tempos nao tem cultura é legal conversar com pessoas que tambemconhecem ela