Nestas duas últimas semanas foram três notícias de plágios.
Começo com o blog não gosto de plágio pois trata do livro mais amado de Jane Austen, Orgulho e preconceito. Reproduzo um trecho do post “orgulho e preconceito da best seller” e recomendo firmemente que vocês leiam todo o artigo no blog da Denise Bottman para ter a dimensão exata do problema
jane austen no brasil é um caso sério.
[…]
o caso de orgulho e preconceito, infelizmente, não é exceção.
[…]
a tradução brasileira mais conhecida é a de lúcio cardoso, de 1940, pela josé olympio e atualmente pela civilização brasileira. foi ela que serviu de base para uma cópia adulterada que tem sido publicada em nome de “enrico corvisieri”, pela editora best seller, desde 1997 até hoje.
O Dicas Blogger, de Juliana Sardinha, que durante dois anos deu dicas valiosas, graciosamente, fechou esta semana. Os motivos? Leiam a introdução abaixo e o restante no próprio blog da Juliana, no post “The game is over [atualizado]” que ainda está online enquanto ela decide o que fazer.
Cansei. Infelizmente. Plágio, difamação, inveja, disputa, rivalidades, mimimis, stalkers e etc.
A gota d’água que faltava foi exibida no Twitter hoje de manhã: 18 posts copiados em um mesmo blog e indexados pelo Google na frente do Dicas Blogger.
O outro caso deu-se na Inglaterra e a autora do blog Austeonlny tentou por algum tempo dar pequenos avisos. Por fim resolveu tomar as medidas cabíveis no caso. Para quem souber inglês o post: “Imitation is NOT Flattery: it’s Actionable” [Imitação não é elogio: é uma questão acionável por lei]
I’m taking steps here and now to post a warning to one person new to the blogging world who might not realise that by copying phrases I use, my style of writing and my subject matter, she is trespassing on my copyright.
Estou tomando algumas medidas aqui e ali para publicar um aviso para uma pessoa , nova no mundo dos blogs e que pode não ter percebido que copiando frases que eu uso, meu estilo de escrever e a essência de meu assunto, que está invadindo meus direitos autorais.
Tenho observado que às vezes as pessoas acham que tudo que está na internet pode ser copiado, modificado e não fazem a menor ideia do que seja autoria. Com essas pessoas, na maioria das vezes, basta conversar e elas prontamente dão o crédito, link, retiram texto e fica tudo certo. Mas há outros tipos que, não só não querem conversa, como acham que tem o direito de copiar, modificar, tomar a autoria para si e se facilitar ainda te ameaçam.
Uma vez questionei uma criatura, que inaugurou seu blog com textos do meu Jane e que respondeu-me que “não se incomodava em me dar crédito”. Como não permiti a cópia integral dos meus textos, apagou o blog inteiro e uma semana depois publicou outro blog desta vez com os meus textos e de outras pessoas. Neste ponto creio que o WordPress entrou em ação e também foi apagado.
Em outra ocasião quase morri de rir ao ao me deparar com um texto meu devidamente elogiado por quem jamais o faria!
Mas plágio não é para rir — é para levar a sério e tomar as medidas cabíveis pela lei.
Alguns posts sobre plágio no Jane Austen em Português:
- Uma ótima notícia!
- Persuasão, original e traduções
- Pobre Persuasão
- Plágio de traduções de Jane Austen
- A palavra é… A palavra deveria ser…
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Vai entender como caminha a mente humana, Raquel!
Há os plagiadores que nem se tocam. Há aqueles ainda que se fixaram em você, te imitam em tudo e ainda acham que te odeiam. Há, ainda, no caso dos livros, os que são capazes de qualquer coisa pra economizar uns trocados e acham esse argumento “superválido”.
Lá em casa eu já tive problemas assim: uma, como se não tivesse passado, resolveu escrever por aí exatamente como eu: minhas gags – muitas sem graça – meus tipos de analogia, meu vocabulário, minhas construções frasais. Como eu tenho a noção exata do país onde vivo, deixo pra lá. Até porque uma personalidade que chegou a esse ponto não respeita a si mesmo. Quem somos nós para lhe ensinar a ter amor-próprio a essa altura do campeonato?
No caso de livros – ou seja, quando a editora comercia uma coisa pela qual não pagou, é caso de entrar na justiça mesmo. Sempre lembrando que a gente está lidando com o Brasil-il-il!, sua gente e seu módipensar.
Só nos resta dizer: “Coitaaaaada…”
Leticia,
eu cheguei a seguinte conclusão, mediocridade e falta de caráter não tem remédio, mas em certos casos a justiça lhes põe um freio.
é, raquel, plágio é a pior desgraça intelectual que pode existir. entendo que não é só roubo – um tanto dramaticamente, é assassinato da identidade do autor.
e de fato muita gente iniciante ou muita gente que, antes do advento da internet, não tinha muito convívio, digamos assim, com obras do intelecto, está se esbaldando nesse mundo maravilhoso que é a rede. a pena é que às vezes acabam tratando essas novas modalidades de acesso à cultura como crianças problemáticas e malcriadas que entram num parque de diversões, divertem-se às pampas machucando os outros e destruindo os brinquedos.
são mesmo uns vândalos…
Denise,
você diz muito bem, não é um simples roubo, é um roubo seguido de “morte”.
nossa!não acredito q existem pessoas tao caras de pau!bom pelo menos temos sorte de estarmos sendo informados para evitarmos informações plagiadas.obrigada Raquel!
Evellyn,
sempre temos alguns que querem dinheiro fácil… infelizmente!
É Raquel,por essas e outras que estou querendo comprar o “O&P” e ingles…e ir me virando!Tenho um dicionario(se tiver dicas de dicionarios,fique a vontde!)e muita,muita vontade de ler em ingles!Sinto que perco tanta coisa quando vejo esses posts!Me sinto analfabeta!Isso pra não falar das capas lindas dos importados!Sabe o que eu vi hoje?!Aquelas capas que voce mostrou no blog de “biscoito &bolos” “capas e adolescentes”!inspiradas em ‘crepusculo”?Fiquei doida pra comprar!
E acho que depois de ler esse seu post…elas não me escapam!Bjs!
Saõ da
Tania,
para quem quer ler em inglês e português ao mesmo tempo recomendo uma boa tradução e uma edição baratinha em inglês da Penguin ou da Wordsworth.