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Em post anterior comentei sobre Brideshead Revisited mas não coloquei a parte do livro que menciona Jane Austen. No capítulo dois, do terceiro volume, o personagem Anthony Blanche dá exemplos do que há de mais inglês para o protagonista, Charles Ryder.

“The next thing I saw was your very handsome volume – “Village and Provincial Architecture”, was is it called? Quite a tome, my dear, and what did I find? Charm again. “Not quite my cup of tea,” I thought; “this is too English.” I have the fancy for rather spicy things, you know, not for the shade of the cedar tree, the cucumber sandwich, the silver cream-jug, the English girl dressed whatever English girls do wear for tennis – not that, not Jane Austen, not M-m-miss M-m-mitford.

A próxima coisa que vi foi seu lindo volume -“Village and Provincial Architecture”, era este o título, não? Sem dúvida um tomo, meu querido, e o que eu encontrei? Charme mais uma vez. Não é bem o meu ‘estilo’, eu pensei, isto é muito inglês. Tenho a imaginação para coisas mais picantes, você sabe, não para a sombra do cedro, o sanduíche de pepino, a jarra de creme de prata, a garota inglesa vestida com o que quer que seja que garotas inglesas vistam para o tênis – não, nada disso – nem Jane Austen, nem M-m-miss M-m-mitford.
| Versão mea culpa, não consegui nenhuma das traduções existentes. Tradutores que passarem por aqui: socorro!|

Brideshead Revisited de Evelyn Waugh é um livro maravilhoso e se vocês tiverem a oportunidade assistam a série de 1981 com Jeremy Irons no papel de Charles Ryder, Anthony Andrews como Sebastian Flyte e Laurence Olivier (Mr. Darcy, 1940) como Lord Marchmain. E no papel da encantadora Cordélia Flyte, a atriz Phoebe Nicholls que mais tarde fez Elizabeth Elliot em Persuasão, 1995.

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6 comentários

  1. Oi Raquel!
    Não sei quando posso ler esse livro, mas fiquei curiosa. Se a série tem Jeremy Irons é interessante. O engraçado é que eu estou lendo Mr. Harrison’s Confessions de Elizabeth Gaskell, e Austen também é citada. No capítulo 4, Dr.Harrison descreve a casa que foi alugada para ele:’ The back room was my consulting-room (“the library,” he advised me to call it), and he gave me a skull to put on the top of my bookcase, in which the medical books were all ranged on the conspicuous shelves; while Miss Austen, Dickens and Thackeray were, by Mr. Morgan himself, skilfully placed in a careless way, upside down or with their backs turned to the wall.’ Esse Sr. Morgan…

    1. Laís,

      eu comprei por 5 reais o Brideshead de uma coleção da Penguin de 1959. Está um bocado amarelado e a capa já caiu a parte da frente, mas a leitura foi maravilhosa.

      Jane é muito citada. É uma delícia quando descobrimos que no meio de uma frase lá está ela!

  2. Tenho muita curiosidade em ler “Brideshead Revisited” e também assistir as adaptações já realizadas. Já li várias coisas a respeito e realmente parece ser uma grande obra.

    As edições em português brasileiro estão muito raras, hoje em dia, não é Raquel?

    P.S.: Fiquei surpreso ao ver que você não recomenda o filme de 2008, com Emma Thompson no elenco. Vi o trailer e achei muito interessante. Deve ser mais um típico caso de filmes que parecem ótimos pelo trailer, mas que na realidade não são tão bons assim.

    1. Júnior,

      eu li e gostei demais. Já vi traduções na Estante Virtual mas o preço era muito acima do que paguei em inglês.
      Quando vi o filme de 2008, cheguei a conclusão que perdeu o sentido do livro e o ator que faz Sebastian Flyte é inexpressivo. Depois de assistir a minissérie aí que você acha a versão atual lamentável.

  3. Eu nunca assisti a minissérie, mas gostei bastante da adaptação de 2008, e agora fiquei muito curiosa para ler o livro.

    1. Nique,

      se conseguires o livro e ver série antiga, verás a grande diferença.

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