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No início deste ano prometi escrever sobre as adaptações de Orgulho e preconceito e Razão e sensibilidade feitas por Paulo Mendes Campos e Lidia Cavalcante-Luther, respectivamente, e tentar sanar minha dúvida se os assuntos tratados pelos livros de Jane Austen seriam interessantes para as crianças, resumidos ou não.

Da minha leitura dos livros resumidos posso dizer que:

  • as histórias estão intactas mas um pouco sem sal
  • os livros talvez agradem as meninas que terão as histórias de amor
  • não sei se os meninos gostarão, Jane Austen não tem ação
  • a ironia talvez substituísse a ação, mas foi a mais sacrificada na concisão

Aqui abro um parêntese. Traduzir, resumir e adaptar um livro para um público infantil, mantendo a história intacta, tenho certeza, é tarefa das mais árduas. Não é possível manter tudo. Ponto.

A questão não é sobre resumir ou não livros para crianças. Lembro de minha infância e da coleção O livro dos nossos filhos onde conheci Sigismundo e muitas outras histórias. Todas resumidas e não afetaram meu gosto pelos livros. Mais um aparte: eu só lia o que gostava, se algo me desagradava, parava e pronto.

A questão é, vale a pena resumir Jane Austen? Não creio.

Nos dias de hoje, com as adaptações de todas as obras de Jane Austen para o cinema e TV, é perfeitamente possível iniciar a leitura dos originais, pelo menos de Orgulho e preconceito e da Abadia de Northanger, as obras mais joviais, para a faixa etária que se destinam esses resumos. Além de possível pode ser muito divertido comparar livros e filmes.

Capa de Orgulho e preconceito, adaptação, Coleção Calouro.
Imagem: gentileza de Luciane Baldo

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23 comentários

  1. Oi Raquel,

    Sou eu de novo. hehehe

    Recebi a informação da editora de que a best bolso irá lançar, a partir de 22 de outubro, o livro Orgulho e preconceito. Como é best bolso, o preço é mais baixo, 19,90. A editora informou que a capa está linda e frizou que o texto é integral, mas não mencionou de quem é a tradução. Entrei em contato com eles por email e pedi mais informações. Vamos ver, ne? Beijocas

  2. Raquel, como provavelmente já teves ter percebido, sou Portuguesa (mas vivo em Bruxelas). A realidade em Portugal nao é exactamente a mesma, o plágio nao é um grande problema, mas traduções de má qualidade sim. Algumas editoras, por falta de dinheiro põem estagiários a fazer capitulos differentes e depois simplesmente unem os diferentes pedaços. Como podes imaginar, o resultado não é bom…

    O 1o livro da JA que li foi uma tradução terrível do S&S. Só voltei a ler Austen muitos anos depois, ao ver a adaptação da BBC 1995. Por essa altura já conseguia ler bem em inglês bem, e que diferença! Sempre que possivel escolho os originais.

    1. Alexandra,

      colocarei uma cópia de seu comentário no post sobre traduções e responderei.

  3. Muito interessante esse assunto. Trabalhei por um ano em uma grande livraria na seção de livros infantis/infato-juvenis. Lembrava de ter lido essas adaptações quando estava no colégio e gostava de indicá-las para os pais que procuravam clássicos para crianças. Mas, depois de um tempo trabalhando com os leitores mirins, cheguei à mesma conclusão que você. Esses livros costumam se destinar a adolescentes de 12, 13 anos… Ora, muitos deles já podem ser lidos na sua versão integral nessa idade. Não só a Jane, mas outros autores também. No final, comecei a indicar cada vez menos esse tipo de livro, completamente decepcionada… rs

    1. Bárbara,

      tenho percebido que as crianças de um modo geral, apesar de todos os esforços dos adultos em torná-las infantis em alguns aspectos, estão maduras mais cedo.

      Eu acredito que os pais poderiam pegar um clássico com uma história interessante e, com o livro na mão, recontar a história para a criança. Mais tarde essa criança lembraria de procurar esse livro na estante de casa ou na biblioteca.

      Isto no caso de não terem sempre ligada uma TV de miasmas de 20 mil polegadas superficiais…

  4. Com certeza, Raquel. Gosto muito de ver os pais que se esforçam para sentar e ler com/para os filhos e não se acomodam em simplesmente ligar a televisão e deixá-los lá. Ainda bem que vi vários desses exemplo quando trabalhei na livraria. Não eram todos, mas vi muitos pais bacanas assim 🙂

  5. eu acho que os pais não deviam empurrar adaptações para os filhos e deixalos escolher o que eles acham melhor mas sugerindo um pouco aqui outro pouco ali. comigo foi assim devo muitos autores queridos aos meus pais mas outros eu que corri atrás.
    e simplesmente detesto adaptações (só leio quando é a unica edição achavel) porque agente perde o texto do autor (no caso a ironia de jane) e fatos são suprimidos tornando a historia dificil de entender.

  6. Ah, depende da faixa etária da criança. Dos 5 até os 10 anos eu só queria saber de histórinha da turma da mônica ( até hoje compro minhas revistinhas,haha).Porque? Elas são divertidas e despertam a curiosidade, logo prendiam a atenção.
    Os livros que lia e gostava,seguiam essa mesma linha. Acho que nessa fase mais infantil os clássicos não devem ser adaptados,mas, “recontados” na linguagem que as crianças entendam,sem,é claro, perder a essência da história.Inclusive existe uma coleção de Jane Austen para crianças em inglês,adaptada de uma forma divertida (pelo menos pelo que eu li).
    Agora, crianças a partir dos 12 anos, podem muito bem ler livros integrais,como os da Jane Austen. Eu comecei a ler integrais mais ou menos com essa idade, e diria que não foi nem um pouco chato.Na verdade, beeeem legal e mais interessante que adaptados. E eu não estou sozinha nessa,muitos amigos passaram pela mesma situação. Entretanto, sem o incentivo correto a leitura,isso dificilmente aconteceria.

    1. Rô,

      crianças, ao que tudo indica, precisam de ação, mistério e humor, do contrário parece que não lhes interessa. Sei que tem adaptações para crianças de Jane e estão na minha lista de compra e de curiosidades!

  7. eu tenho 11 anos e sou viciada em orgulho e preconceito eu acho que jane austen é pouco conhecida pois se as pessoas mostrassem os livros dela as pssoas se interessariam nela.

  8. nao exatamente empurrar digo apeas mostrar o livro ou o dvd eu ao sei direito so teho 11 anos mas acho que seria mais ou menos isso

    1. Olá, Beatriz

      que bom conhecer uma joven admiradora de Jane Austen!

      Eu concordo totalmente com você, nada de empurrar livros para cima da gente. Só mostre diga sobre o que é e pronto!

      Posso fazer uma pergunta? Você por acaso leu essa adaptação de Orgulho e preconceito sobre a qual falo neste post?

      obrigada, raquel

  9. ainda nao tive acesso ao livro adaptado. Como faço para consegui-lo.a proposito é voce de quem minha mae fala tanto?voce tem um site de que vende as peças da jane austen nao é? eu comprei um colar em homenagem da Elinor de razao e sensibilidade no seu site

    1. Beatriz,

      o livro Orgulho e preconceito adaptado por Paulo Mendes Campos, comprei no site Estante Virtual, pois é mais barato do que as livrarias. Ah, foi para você o pingente da Elinor? Já chegou? Você gostou?

      Então vou dizer para você que também tem Razão e sensibilidade adaptado. Veja as capas dos livros neste post.

      um abraço, para você e sua mãe

  10. Raquel
    Eu gostei muito ele é lindo muito bonito mesmo .alias vou ver de comprar esse livro. Eu assisto Orgulho e prenceito todo santo dia eu adoro.

  11. raquel ,
    Alias minha prima ficou a noite inteira vnedo seus colares ela viu o meu e foi logo perguntando o site do colar(restauri)

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