Quando as pessoas me conhecem e ficam sabendo que trabalhei na aviação por quase vinte anos, sendo parte desses anos como mecânica de aeronaves, às vezes se surpreende com a minha ligação atual com Jane Austen.
Normalmente dou o exemplo de Catherine Morland, da Abadia de Northanger, que não nasceu para ser heroína e preferia as brincadeiras de meninos, e ao mesmo tempo tornou-se ávida leitora!
Ela gostava de todas as brincadeiras de meninos e estimava o críquete em grande medida, em detrimento não apenas das bonecas como também dos mais heroicos divertimentos da infância, como cuidar de um ratinho silvestre, alimentar um canário, ou regar uma roseira. Catherine não tinha, de fato, apreço algum pela jardinagem; e se chegava mesmo a colher flores – ao menos era o que todos supunham, já que a menina escolhia sempre as flores nas quais era proibida de mexer.
Trad. Rodrigo Breunig
Hoje, lendo no Facebook as notícias sobre a Esquadrilha da Fumaça, recordei com carinho o início de meu trabalho na aviação, na Varig em Porto Alegre. Mais tarde trabalhei na aviação agrícola e finalmente na comercial em São Paulo, no Campo de Marte.
Com vocês uma imagem dos meus dias de Catherine Morland, que duraram bem mais do que a infância e foram maravilhosos!
No pátio da Varig, no hangar da Aeromirim;,
e junto de um Tucano T27 da Fumaça, em foto tirada por um querido amigo da Esquadrilha.
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Que incrível Catherine, quer dizer, Raquel… Deve ter sido um trabalho maravilhoso… Parabéns!
Karla,
trabalhei com muito prazer todos esses anos.
Que inusitado(no melhor sentido) Raquel! Andou muito de
avião, nessa época? 🙂
Fernanda,
na época da Varig, sim.
Que bacana! Bom conhecer um pouquinho mais de você. O que eu sabia, até então, se resumia ao seu enorme conhecimento sobre Jane Austen e o gosto impecável para literatura em geral (o que pra mim, já é o suficiente para admirá-la!). Um abraço.
Juliana,
muito obrigada!
Impressionante!Mecânica, para mim, é um tremendo de um palavrão cabeludo……qualquer um que tenha se dedicada a ela, e que tenha apreciado e se divertido tem a minha incondicional admiração. Quando se acrescenta a isso o seu conhecimento ímpar sobre nossa querida Jane Austen e seu gosto impecável….uau! Você, decididamente, não é desse mundo, minha cara Raquel 🙂
Haydée,
sou desse mundico mesmo, com os pés bem no chão!
Adorei este post! Principalmente, pq, como moramos em um país onde as pessoas não gostam muito de ler, é incrível achar pessoas que não são das “letras” lendo bons livros.
Bjos,
Rebeca
Rebeca,
tem muita gente que lê e nem fala pois o preconceito às avessas faz com que pareçam arrogantes.
Que bacana você compartilhar conosco um pouquinho dessa fase da sua vida. Confesso que imaginava que você sempre havia sido diagramadora e restauradora. Adorei o post. Pelo pouco que conheço de aviação acho fascinante.
Júnior,
eu sou cigana, desde sempre!